Na linguagem do meio educativo da América Latina existe uma confusão comum entre o reconhecimento e a autorização. Para muitos, estar reconhecido significa ser uma Instituição legal e autorizada pelas autoridades do governo (Ministério da Educação – MEC).O processo de conseguir esta autorização geralmente requer, por exemplo, a entrega de uma porção de documentos e a possível visita de representantes do governo para verificar a realidade da documentação. O reconhecimento acadêmico tem um propósito diferente ao da autorização legal diante das autoridades.O propósito é assegurar e provar publicamente a excelência da educação oferecida pela instituição. O reconhecimento acadêmico cumpre este propósito através de uma auto-avaliação da Instituição. Esta auto-avaliação averigua duas coisas: 1. Se a prática educativa dentro da instituição está cumprindo com a missão, a filosofia educacional e os objetivos estabelecidos pela Instituição. [auditoria interna].Esta “auditoria interna” provavelmente é o benefício mais importante do processo de reconhecimento. Oferece a oportunidade, com a orientação de um manual já preparado pela associação, para que as autoridades e o pessoal da instituição analisem minuciosamente cada aspecto dos valores, função e ministério da instituição. É o passo básico no desenvolvimento e manutenção de uma instituição forte e saudável. Depois desta análise interna, a instituição estaria pronta para verificar se os níveis dos cursos oferecidos pela instituição correspondem às normas definidas em comum acordo pelas instituições afins. [verificação externa].
No mundo educacional atual existe uma variedade de mecanismos de aprovação externa dos títulos oferecidos pelas instituições teológicas. Por sua vez, uma instituição pode optar por mais de uma das seguintes opções:Realizar uma prova externa. Os alunos de todas as instituições se preparam para fazer um exame ao final do curso, exame este preparado por uma entidade nacional ou internacional. Este sistema tem sido utilizado, por exemplo, na África, onde eles têm utilizado de exames da Inglaterra. Aprovação pela denominação patrocinadora da instituição. Este reconhecimento é interno, ou limitado, a denominação. Geralmente as denominações tem uma rede de instituições com uma sede que controla o currículo e valida os títulos oferecidos.Relação com uma instituição de outro país. A instituição está afiliada com, ou é uma extensão de uma instituição de outro país a qual oferece o título. Esta instituição central controla o currículo e outorga os diplomas. Acordo formal com uma Universidade local. A instituição está afiliada com uma Universidade local que outorga o título e/ou reconhece o título da instituição.Reconhecimento pelas autoridades do governo. Por uma série de razões culturais e históricas muitas instituições na América Latina anseiam pelo reconhecimento governamental. Sentem que tem sido marginalizadas e menosprezadas no campo educacional pelas políticas do seu meio. O reconhecimento do governo significaria para muitos que os esforços educacionais dos evangélicos têm valor diante da comunidade nacional.Reconhecimento por uma Associação de instituições pares. Em algumas partes do mundo, os governos reconhecem legalmente as instituições, porém realmente não se preocupam em vigiar por seu nível educativo. Às vezes é possível que os padrões do governo não levem em conta áreas que são importantes para as instituições teológicas (por exemplo, o conhecimento bíblico e a formação espiritual e ministerial).Por isso, instituições congêneres a nível regional ou continental formam uma associação para reconhecer seus títulos. A associação mesma estabelece os padrões para cada nível de ensino, buscando a excelência de acordo com a realidade do contexto e as exigências do ministério. Este é o caso da AETAL (Associação Evangélica de Educação Teológica na América Latina).
Parte II
COMO FUNCIONA O RECONHECIMENTO?
1. Estabelecer uma associação de instituições. Para garantir a qualidade da educação, a associação concorda quanto aos padrões adequados para os vários níveis acadêmicos. A associação estabelece procedimentos realistas e construtivos para verificar o cumprimento de tais padrões.
2. Os padrões e procedimentos devem ter credibilidade, tanto entre os membros da associação como dentro da comunidade educacional mais ampla (por exemplo, Ministério de Educação e outras instituições do contexto).
3. As instituições da associação se submetem voluntariamente aos padrões estabelecidos. O processo de submeter-se aos padrões requer a auto-avaliação de todas as áreas da vida institucional, conforme os procedimentos requeridos pela associação.
Como já mencionado nas “Informações Importantes”, Parte I, este passo é o mais importante e o que traz maiores benefícios. A instituição deve reconhecer o valor de ter a oportunidade de analisar-se. Isto quase nunca acontece devido as pressões e obrigações diárias. Por isto, este processo oferece uma oportunidade única na vida da instituição. Este processo tem no final a elaboração de um relatório formal.
4. As autoridades da associação enviam uma equipe de visita a instituição. A equipe avalia o documento, verificando se a instituição realmente cumpre com os padrões para o nível de ensino para o qual está buscando o reconhecimento. A equipe entrega o relatório de sua visita às autoridades da associação e oferece um parecer.
5. Se o resultado é positivo, a associação anuncia publicamente o alcance do reconhecimento da instituição.
6. A associação deve monitorar continuamente as instituições reconhecidas, deve promover reavaliações periódicas com a finalidade de assegurar a manutenção da qualidade educacional.
É possível que seja necessário rever as normas e padrões estabelecidos, se o contexto educativo o mereça.
ELEMENTOS CHAVES PARA QUE FUNCIONE O RECONHECIMENTO
– A qualidade educacional
– A credibilidade educacional
– A cooperação interinstitucional
– Em algumas partes do mundo, os governos reconhecem legalmente as instituições, porém, realmente não se preocupam em vigiar por seu nível educativo. Às vezes é possível que os padrões do governo não levem em conta áreas que são importantes para as instituições teológicas (por exemplo, o conhecimento bíblico e a formação espiritual e ministerial). Por isso,
– A associação mesma estabelece os padrões para cada nível de ensino, buscando a excelência de acordo com a realidade do contexto e as exigências do ministério. (Associação Evangélica de Educação Teológica na América Latina)
– Em algumas partes do mundo, os governos reconhecem legalmente as instituições, porém realmente não se preocupam em vigiar por seu nível educativo. Às vezes é possível que os padrões do governo não levem em conta áreas que são importantes para as instituições teológicas (por exemplo, o conhecimento bíblico e a formação espiritual e ministerial). Por isso, .
– A associação mesma estabelece os padrões para cada nível de ensino, buscando a excelência de acordo com a realidade do contexto e as exigências do ministério. (Associação Evangélica de Educação Teológica na América Latina)
Parte III
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO RECONHECIMENTO DA AETAL?
Oferecer a oportunidade para uma auto-avaliação saudável e completa da Instituição é o maior benefício.
As normas e diretrizes podem servir como uma orientação e guia para o desenvolvimento da Instituição. Facilita a cooperação entre as Instituições (por exemplo, a transferência de créditos entre as Instituições com base em normas claras).
– Providencia uma credibilidade séria perante a Igreja e a comunidade cristã.
– Garante a qualidade da educação perante a sociedade a qual a Instituição serve.
– Conecta a Instituição em redes mais amplas, como é a AETAL (na América Latina) e o ICETE (a Confederação de associações continentais).
O reconhecimento periódico estimula a manutenção da qualidade da educação oferecida.
QUAIS SÃO ALGUMAS POSSÍVEIS LIMITAÇÕES DO RECONHECIMENTO?
Pode ser que não seja a necessidade mais urgente da Instituição em um dado momento. Por sua vez, o processo de auto-avaliação pode ajudar a identificar problemas maiores e algumas soluções possíveis. Algumas Instituições não buscam um reconhecimento externo e público.
Pode ser este o caso ou pelo nível de estudos oferecido ou porque a entidade mantenedora (por exemplo, a denominação) não quer ou não vê a importância do reconhecimento para suas igrejas e líderes.
É importante reconhecer que o Reconhecimento é apenas um serviço da AETAL. Idealmente, o processo contribuiria para a comunhão e cooperação entre as Instituições membro.
Alcançar o Reconhecimento não deve ser motivo para orgulho institucional porque tem como finalidade melhorar a preparação de líderes para o ministério evangélico, para a glória do Senhor.